Policia Comunitária — O comandante da 2ª Cia de Jaraguá, Capitão Lusdenes Alencar — vem fazendo um trabalho que, além de ser um emblema da Polícia Militar do Estado de Goiás, em Jaraguá — as ações vão além dos deveres, graças à aceitação da comunidade ao trabalho exercido pelo comandante e seus policiais.
Imparcial em suas decisões, o capitão Lusdenes angariou ao longo dos anos a amizade da população, constituída em sua grande maioria de pessoas de bem.
Comandar uma tropa, independente do número de homens — não é uma missão das mais fáceis, tanto é que, para chegar ao posto de comandante de uma Companhia, o nome do profissional deve primeiramente passar por várias etapas que vão além do curso de formação e da troca de patente.
Embora a cidade de Jaraguá seja considerada pequena, em torno de 50 mil habitantes, isso não simboliza que a missão seja fácil, principalmente em uma cidade marcada por violência, tráfico de drogas, assassinatos, crimes de pirataria e outros.
O déficit de policiais ainda é grande em Jaraguá. Falta ainda muita coisa para ser colocado em seu devido lugar para que os policiais possam trabalhar motivados, sendo uma delas, a questão salarial, cujo complemento vem do Banco de Horas da Prefeitura, e ainda há policiais fazendo trabalho extra para complementar a renda.
Fazer policiamento em uma cidade do interior talvez seja tão complexo quanto trabalhar em uma capital. Isso se explica pelo motivo que todos se conhecem, o que em determinados momentos acaba se transformando em tropeço ao trabalho dos agentes, incluindo algumas interferências política.
Com base na ideologia da Polícia Comunitária, Lusdenes Alencar galgou a confiança da população pela seriedade em que exerce sua função de comando, aliado à ajuda dos grandes amigos e oficiais adjuntos, representado na pessoa do Ten. Rabash, que substituiu o Cap. Sebata, que foi transferido no ano passado para Goianésia.
Se há algum mérito além dos citados, isso se deve as parcerias entre as demais forças de segurança, no caso, a Polícia Civil, ao Corpo de Bombeiros e o Ministério Público, cujas ações integradas reforçam o elo de uma segurança pública que a comunidade sempre sonhou, embora, esta ainda seja uma realidade distante de ser conquistada em sua plenitude.
Para quem pensa que comandar é somente delegar funções dentro da segurança pública pode estar completamente enganado. Dentro da Polícia Militar, há uma série de regras que não podem ser quebradas, sendo uma delas — o sigilo das informações que chegam da comunidade, sendo esta, a maior arma da polícia para a elucidação de um crime. Então, trabalhar com tantas responsabilidades, requer dos comandados (policiais) confiança mútua, um desvio de conduta pode provocar um grande desastre social e colocar o posto do comandante em cheque.
Em Jaraguá, o policiamento segue as rotinas do POP (Programa Operacional Padrão), a cartilha do policiamento que todo policial deve conhecer e seguir.
Diariamente, policiais fazem a visita comunitária na casa das vítimas de qualquer tipo de crime, ou seja, as visitas comunitárias ou solidárias, como são conhecidas. Isso reflete o perfil da Polícia Cidadã, sendo esta, a principal prerrogativa de um bom comando, ou seja, o bom trato dos policiais com os cidadãos.
A visita da polícia nas escolas, a patrulha rural, as blitz educativas e preventivas — coloca em harmonia a tropa e a sociedade. Outro fator que contribui para o sucesso de um comando é a parceria com a imprensa, algo que foi um dos primeiros passos do capitão Lusdenes Alencar ao chegar em Jaraguá, sabendo que a imprensa, representa o ensejo do povo, se tornando porta-voz da comunidade.
Comando sem parceria com os seguimentos organizados e representativos, praticamente caminha rumo ao fracasso.
Na próxima matéria sobre segurança pública, vamos tratar sobre o importante trabalho do Copom (Centro Operacional da Polícia Militar); o local onde são recebidas as chamadas de emergência, no 190.